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As modalidades aéreas circenses, que incluem o tecido, a lira, o trapézio, dentre outras, têm atraído um significativo número de praticantes, que experimentam seu potencial estético, o risco e novos desafios corporais. O objetivo deste ensaio é discorrer sobre essas modalidades em busca de elementos basilares para uma pedagogia. De fato, a literatura especializada aponta para um corpo-mecanismo, corpo-significante e também
para um corpo-sacrificado como dimensões da formação circense, tratando ademais a segurança em associação ao controle das incertezas, para que a produção cênica diminua o risco físico deixando o risco poético ativo e latente. Neste sentido, a pedagogia para os aéreos deve atentar-se às teorias do risco, aos estudos da performance, à poética do risco e à teoria da recepção (artística) para uma efetiva práxis educativa. Outrossim, nossa atenção direciona-se à práxis pedagógica com as referidas modalidades, com base na experiência produzida nos distintos projetos de extensão realizados na FEF/Unicamp. Neste espaço privilegiado de ensino o risco e suas implicações para a criação e a expressão artística nos indicam a necessidade de proposições didático-pedagógicas particulares. Assim pois, esse ensaio não revela resultados, nem oferece respostas, não obstante, apresenta ideias que podem enriquecer a pedagogia dos aéreos circenses e, por conseguinte, podem contribuir com a ação de professores e praticantes que se dedicam a esse âmbito artístico.