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O estudo das atividades circenses como componente da cultura corporal a ser desenvolvido pela Educação Física exige uma consideração mais rigorosa do que aquela baseada no senso comum. Ao longo deste livro demonstraremos que permanecer nesse senso comum é negar todos os conhecimentos historicamente construídos, ou negar a cultura própria de cada manifestação.

O enfoque deste trabalho não está na formação profissional, mas na possibilidade de oferecer esses conhecimentos, mesmo que seja uma pequena "pitada", para os alunos do Ensino Fundamental.

Como educadores devemos nos preocupar com a adequação das atividades para que acompanhem o desenvolvimento físico, afetivo e cognitivo da criança. Para que o objetivo final, o favorecimento da autoexpressão, seja atingido, é necessário oferecer aos alunos meios para que, gradativamente, sejam desenvolvidas a espontaneidade, a imaginação, a percepção, a observação e, consequentemente, a sua criatividade..

Circos e Palhaços Brasileiros apresenta, em forma de catálogo, documentação iconográfica e escrita de alguns circos brasileiros e seus palhaços. De outubro de 1997 a julho de 2000 foram visitados diversos circos, em várias regiões do país, com o objetivo de documentar o universo dos palhaços, dentro e fora do picadeiro. Além do resgate do seu repertório cênico (entradas, esquetes, comédias e dramas), foram incluídos neste registro os recursos materiais dos circos (pequenos e grandes), os palhaços no circo-teatro, os palhaços de palco, os tapa-buracos dos circos grandes, o papel do palhaço nos espetáculos dos pequenos circos, a quantidade e qualidade do repertório encenado, as opiniões dos artistas acerca da profissão etc.

Em Educação no circo: crianças e adolescentes no contexto itinerante, Cristina Macedo fornece ao leitor apreciador dos temas educação e circo, uma visão abrangente sobre a educação da criança e do adolescente no contexto do circo itinetante de pequeno porte, analisando as suas relações sociais e seu processo de formação.
Atualmente, apesar da existência de algumas pesquisas em âmbito nacional que trazem o circo como tema, pouco se tem tratado sobre a educação e as relações sociais das pessoas que atuam dentro do circo. Assim, essa pesquisa propõe fomentar discussões sobre o circo como instrumento de educação de crianças e adolescentes, evidenciando o contexto do circo itinerante de pequeno porte e apresentando oportunidades desfrutadas e dificuldades vivenciadas nesse âmbito, dando amplo espaço à voz aos sujeitos envolvidos. O contexto do Estado da Bahia constituiu-se num campo profícuo para a realização da pesquisa dado o contexto sócio-econômico-cultural existente no interior do Estado, no qual o circo itinerante de pequeno porte ainda ocupa um lugar de destaque como expressão cultural ao vivo.
No contato direto com a realidade desses sujeitos, a pesquisa demonstrou que o circo de pequeno porte se torna para esses sujeitos uma escola permanente, mas que o caráter itinerante dos circos faz emergir dificuldades ligadas com o campo da educação escolar.
A pesquisa realizou uma análise comparativa de cinco circos itinerantes e por fim trouxe sugestões que visam auxiliar na resolução de um problema tão complexo como é esse de conciliar a formação escolar dos circenses com o caráter itinerante do circo